Drª Tereza Cristina: Cuide bem do Seu Peixe

Anatomia de um peixe

Barbatanas: O peixe utiliza as suas barbatanas para se deslocar e manter a estabilidade e, em alguns casos, como auxiliares de postura durante o acasalamento ou no período de incubação dos ovos. As barbatanas podem apresentar-se isoladamente ou em pares.

Tipicamente, os peixes apresentam os seguintes tipos de barbatanas e funções:

Barbatanas dorsal: Dá estabilidade à natação. Se fosse cortada o peixe rodopiava sobre si mesmo continuadamente.
Barbatanas anal: Dá estabilidade à natação e direcção.
Barbatanas caudal: Permite ao peixe deslocar-se mais facilmente e rapidamente pela àgua. Serve ainda de leme.
Duas barbatanas pélvicas: Ajudam à estabilidade do peixe na àgua e protegem os orgãos pelvicos.
Duas barbatanas peitorais: Andamento e movimentação de lado para lado.

Linha lateral: Um órgão específico dos peixes é a linha lateral, normalmente formada por uma fiada longitudinal de escamas perfuradas através das quais corre um canal que tem ligação com o sistema nervoso; aparentemente, este órgão tem funções relacionadas com a orientação, uma espécie de sentido do olfacto através do qual os peixes reconhecem as características das massas de água (temperatura, salinidade e outras).
A linha lateral é um órgão sensorial.Ela pode ser facilmente identificada nos peixes, por estar posicionada nas laterais do peixe, formada por escamas com poros.

Bexiga natatória: Órgão que mantém o peixe em equilíbrio na água. Permite ao peixe estar à superficie ou a varios metros de profundidade. A bexiga natatória tem a função de ajudar o peixe nessa necessidade de mais ou menos ar dentro do corpo para chegar ao fundo ou a superficie.

Ocelo: Os ocelos têm como principal função o acasalamento. Quando a fêmea coloca os ovos na boca poderão ainda não ter sido fertilizados pelo macho, assim, o ocelo serve de chamariz para a fêmea se aproximar do macho e, ao tentar apanhar os ocelos, este fertilizar os ovos. Ao invés de a fêmea estar a apanhar mais ovos, está a receber a esperma do macho que vai fertilizar os ovos.

Introdução:

Vinte e cinco anos atrás, um psiquiatra da Universidade da Pensilvânia, Aaron Katcher, realizou uma experiência muito interessante. Ele mediu a pressão sanguínea de algumas pessoas sob diferentes condições e notou que, quando observavam um aquário com plantas e peixes tropicais, a pressão baixava.

Para as pessoas com pressão alta a queda era maior que a média e, no final do teste, depois de algum tempo olhando o aquário, a pressão delas voltava a subir, mas não ao ponto que estava antes. Katcher concluiu então que observar peixes, do ponto de vista médico, é bom para as pessoas.

Interessante, não? Ficar observando delicados pexinhos nadando em um aquário bem cuidado faz bem para a saúde.

Molinésia - balão - preta

Escolha do Aquário

O aquário é a casa do peixe, para criar um ambiente propício a seu peixe você precisa de:

Um móvel resistente para servir de base (o aquário não pode balançar)
Um tanque ( o aquário)
Uma tampa com iluminação (para cobrir o aquário) evita a evaporação da aguá ou que os peixes pulem para fora.

Os diferentes tipos de peixes

Ao escolher seus primeiros peixes, você deve levar em consideração vários aspectos além da beleza.

Espaço para nadar: Misture espécies que nadam na superfície, no meio e no fundo, para dar aparência mais equilibrada no aquário.

Peixes dorminhocos: Peixes noturnos ficam escondidosde dia e só aparecem à noite. Você não os verá com muita frequência.
Peixes gregários: Tenha pelo menos 3 exemplares de cada espécie, se puder ter 6 ou mais da mesma espécie, melhor ainda.
Alimentação: Antes de comprar a ração, saiba exatamentede que os peixes se alimentam. Alguns precisam de ração viva, por exemplo. Se a alimentação for incorreta, os peixes podem morrer de fome.
Compatibilidade: Os peixes brigam por comida ou por uma fêmea, mas as disputas territoriais são as mais comuns. Reserve lugar suficiente para as espécies territoriais , para que delimitem o espaço.

ASPECTOS GERAIS SOBRE CADA ESPÉCIE:

Comedores de algas: As melhores opções são os cascudos limpa-vidros. Estes não crescem muito e são bastantes ativos de dia.
Acarás-bandeira: Não se misturam com as espécies que beliscam nadadeiras (mordedores de caudas). suas nadadeiras longas são um alvo fácil. Os acarás-bandeira e outros ciclídeos são territoriais.
Barbos: São geralmente pacíficos, mas às vezes gostam de morder. Tenha um grupo pequeno, principalmente se forem barbos-sumatra.
Betas (peixes siameses de briga): São bastante territoriais. Não coloque mais de um beta em cada aquário. Não misture machos de cauda longa com os "mordedores de cauda".
Bagres e cascudos: Alguns são predadores, geralmente têm hábitos noturnos. Os coridoras são pacíficos, consomem os alimentos que ficam entre o cascalho e são ativos durante o dia.
Ciclídeos: Bastante agressivos, gostam de viver solitariamente.
Kinguios: Não convém misturá-los com peixes tropicais, pois eles preferem a água mais gelada e crescem bastante.
Colisas: Tenha um único peixe ou um casal de cada espécie para evitar brigas. Algumas variedades de cores denotam espécies distintas.
Lebistes: São poecilídeos. Os lebistes coloridos são mais delicados que os comuns.
Molinésias: Esses poecilídeos se dão melhor com a adição de meia colher de chá de sal por litro de água. Gostam de algas e vegetais.
Platis: São poecilídeos pacíficos, encontrados em várias cores. Tenha duas fêmeas para cada macho.
Labeos: Os arco-íris e os caudas-vermelhas são territoriais. Tenha apenas um. Os balas e os iridescentes vivem em grupos, mas ficam maiores que os outros.
Espadas: São poecilídeos coloridos e pacíficos. Tenha duas fêmeas para cada macho.
Tetras: Geralmente são pacíficos. O tetras vivem melhor me grupos.