terça-feira, 22 de maio de 2012

   Sarna Sarcóptica

O que é a sarna sarcóptica?


A sarna sarcóptica é uma doença parasitária comum nos cães,
causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei, e que provoca problemas dermatológicos.
Este parasita penetra através das camadas exteriores da pele e escava galerias
ao nível da epiderme, do que resulta uma sensação intensa de
 prurido (comichão).
Esta doença afecta animais de todas as idades e em qualquer época do ano.





       Ácaro sarcoptes scabiei



Quais os sintomas desta doença? 


A sarna sarcóptica caracteriza-se sobretudo pelo prurido intenso que provoca,
 ao que os animais respondem coçando, lambendo ou mordendo as
zonas afetadas, aparecendo feridas provocadas por auto-traumatismo.
As lesões mais comum incluem:

  • Erupções papulares (borbulhas)
  • Eritema (pele avermelhada)
  • Alopécias (queda de pêlo)
  • Crostas
  • Escoriações

As zonas do corpo mais afectadas numa fase inicial são,
a extremidade das orelhas, o contorno dos olhos, os cotovelos
ou calcanhares, abdômen ventral, e pescoço. Em situações mais severas
de doença, o animal pode apresentar estas lesões por todo o corpo.

O contágio se dá através do contato com animais infetados ou instrumentos contaminados;
quando no meio ambiente, o ácaro pode resistir alguns dias.

Quando no hospedeiro, o ácaro localiza-se na pele, cavando túneis no estrato
córneo, levando a uma dermatite pruriginosa e generalizada.
Na maioria das vezes, o animal apresenta pequenas crostas hemorrágicas e
 perda de pêlo, especialmente, nas regiões ventral, axilar,
 codilhos (cotovelos), curvilhões (calcanhares) e no espelho nasal.
 A dermatite apresenta-se acompanhada  por uma exagerada produção
de gordura, conferindo ao animal um aspecto e odor rançoso.
O intenso prurido pode levar ao surgimento de feridas secundárias  devido ao
intenso ato de coçar exercido pelo animal.











É uma doença contagiosa?

 Sim, esta doença é altamente contagiosa para outros cães, e pode também
afectar o homem e raramente os gatos. O contágio dá-se através do contato
direto com animais infetados ou por fomites (roupa, objetos).

As pessoas expostas a um contato direto com cães com sarna
 (sobretudo crianças, idosos e pessoas imunodeprimidas) podem desenvolver
 lesões pruriginosas e nessas situações recomenda-se que consultem o seu médico.


Diagnóstico:

O diagnóstico baseia-se em:

  • História clínica: dermatopatia pruriginosa, contagiosa e não sazonal;
  • Exame físico: localização típica e aspecto das lesões dermatológicas;
  • Visualização microscópica do ácaro: o diagnóstico definitivo obtém-se pela visualização microscópica de sarcoptes scabiei, em amostras obtidas através de raspagens profundas ou biópsias cutâneas;
  • Serologia: detecção de anticorpos contra antigénios do parasita;
  • Diagnóstico terapêutico: o resultado favorável à terapia acaricida, com a resolução da sintomatologia pode servir como meio diagnóstico desta doença.

Em que consiste o tratamento?


Os animais infectados requerem medicação para a eliminação do ácaro
(acaricidas), através da administração sistémica ou tópica (banhos) destes produtos.
Pode também ser conveniente a instituição de um tratamento de suporte
para acalmar a irritação cutânea e para resolver qualquer tipo de
infecção secundária.

A duração do tratamento varia com a gravidade da situação, mas geralmente
não excede as 5 a 6 semanas.

Todos os cães que tenham contactado com um animal infectado devem
ser submetidos ao tratamento tópico (banhos).

Quais os cuidados a ter com um animal infectado?


 Evitar o contacto do cão com animais saudáveis, já que se trata de
uma doença altamente contagiosa.
 A limpeza e desinfecção do meio ambiente (canil, objectos, tapetes, roupas)
do cão é fundamental, para evitar uma reinfestação.





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